O Ceará terminou a quadra chuvosa com o sexto pior volume de chuvas
desde 1950, primeiro ano em que a Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme) teve registros de métricas de pluviosidade.
No Estado, choveu 299,2 mm entre os meses de fevereiro a maio deste ano e
352,1 mm, se acrescentado o mês de janeiro.
O total de precipitação observado está 50,7% abaixo da média
histórica de 606,4 mm e foi marcado pela irregularidade na distribuição
temporal e espacial entre janeiro e maio. Para a meterologista Meiry
Sakamoto, esse pode ter sido um dos fatores que mais influenciaram na
frustração dos agricultores, que plantaram após as chuvas de fevereiro,
11% maiores que a média, mas perderam a safra com a queda nas chuvas nos
meses seguintes.
Colheita
A projeção de colheita de grãos no Ceará recuou 74% em maio ficando
em 374 mil toneladas, enquanto a expectativa inicial era de 1,4 milhões
de toneladas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Sertão Central é o mais afetado
A macrorregião mais afetada comparando com a média histórica foi a do
Sertão Central e Inhamuns, com queda de 58,2% para o período de
fevereiro a maio. A região jaguaribana vem em seguida com queda de
55,9%, e a região da Ibiapaba, com 49,3% menos chuva que a média
histórica para a área.
A menor queda foi no Cariri, onde choveu 430 mm na quadra de
fevereiro a maio e 517 mm se acrescentar o mês de janeiro. O valor
representa 30,7% a menos que os 620,6 mm esperados para a área entre
fevereiro e maio. Ainda nesse período, foram registradas quedas no
Litoral Norte (50,7%), Litoral do Pecém (47,1%), Litoral de Fortaleza
(38,6%), Maciço de Baturité (45,4%).
Apesar de 2012 ser ano de manifestação do fenômeno La Niña, sendo
esperadas chuvas mais regulares no Nordeste, a Zona de Convergência
Intertropical não conseguiu trazer mais chuvas para a região devido ao
aquecimento nas águas do Atlântico Norte próximas à linha do Equador. “A
Zona de Convergência vai à procura de águas quentes”, explica a
meteorologista.
Desde 1950, A Funceme registrou 19 fenômenos La Niña, dos quais
apenas quatro trouxeram situação de seca ao Estado. A meteorologia ainda
investiga os motivos para o ocorrido neste ano.
Os anos mais secos no Estado foram (janeiro a maio)
1º – 1958 com 230,2 mm
2º – 1998 com 270 mm
3º – 1993 com 290 mm
4º - 1951 com 317 mm
5º - 2010 com 325,4 mm
6º – 2012 com 352,1 mm
Fonte Diário do Nordeste
quinta-feira, 14 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
ICMBio apreende 40 kg de lagosta no Ceará
Fiscais das reservas extrativistas (resex) do Batoque e da Prainha do Canto Verde, unidades de conservação federais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Ceará, apreenderam nesta quinta (31) aproximadamente 40 kg de lagosta e prenderam quatro pescadores. A ação busca garantir o cumprimento do defeso (período de suspensão da pesca) da lagosta.
Além do tamanho das lagostas apreendidas serem abaixo do legalmente permitido, a captura do animal era feita com o uso de compressor, o que também é proibido. Os pescadores estavam sendo ameaçados pela população da comunidade de Prainha do Canto Verde, no município cearense de Beberibe. Apesar do tumulto, os fiscais do ICMBio, com apoio da Companhia de Policiamento Ambiental do Ceará (CPMA), conduziram os pescadores para a Delegacia da Policia Federal, em Fortaleza.
A embarcação, registrada em Icapuí, foi apreendida. A apreensão faz parte da operação de fiscalização SOS Sobrevivência, que ocorre nos litorais das resex do Batoque e da Prainha do Canto Verde com o objetivo de combater a pesca predatória da lagosta, animal de grande valor econômico que vem sendo pescado de forma irregular naquelas áreas especialmente protegidas.
Fonte: icmbio.gov.br
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