Todos anos, cerca de 180 mil e 200 mil turistas chegam ao pequeno vilarejo de cerca de quatro mil habitantes, ansiosos usufruir do que ainda resta de beleza natural.
A consequência dessa invasão é a ocupação desordenada das dunas por empreendimentos imobiliários e pelos mais de duzentos passeios diários de buguinhos, invasão da faixa de praia por restaurantes, barracas, bares e pousadas, em um gigantesco processo de genocídio de praias, dunas e falésias.
"É uma verdadeira anarquia. Cada um faz o que quer, não há fiscalização da Prefeitura ou da Secretaria de Meio Ambiente do Estado e o turismo municipal é só blá-blá-blá", conta o empresário e dono de uma pousada Giuseppe Fatuzzo, de 71 anos, quarenta deles em Canoa Quebrada. Integrante da Associação de Pousadas e Hotéis local, ele atribui parte dos problemas atuais do pequeno vilarejo de quatro mil habitantes à inércia do poder público municipal. "Para se ter uma ideia, a limpeza das praias às segundas-feiras é feita pelos donos de barracas, porque a Prefeitura não tem competência para o fazer", conta.
Desde 1998, Canoa Quebrada faz parte da Área de Proteção Ambiental do mesmo nome, que regula a intervenção humana em dunas, praias e falésias.
Na tarde de sexta-feira, o jornal tentou entrar em contato com a Prefeitura de Aracati, município ao qual pertence Canoa Quebrada, mas ninguém atendeu às ligações.
Fonte: Jornal A Cidade
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