sábado, 1 de dezembro de 2012

Depois de passar por vários lugares do mundo, britânica se encanta com praia do Litoral Oeste cearense



Taíba é o nome desse paraíso e fomos em busca de conhecer a história de uma viajante que percorreu meio mundo para encontrar o seu destino final no Ceará: a carismática inglesa, Kate Chandler.

O seu mérito foi ter conseguido assimilar o que aquela comunidade tinha de melhor a oferecer para o mundo. "Eu só fiz dizer para os meus amigos e para os amigos deles que no paraíso faz sol todo dia e o vento sopra nove meses por ano", lembra.

E também que não há nada melhor do que a brisa do mar acariciando o seu rosto durante o velejo diário", declara a modesta Kate, enquanto coloca o seu cachorrinho no ombro para velejarem juntos na lagoa.

Modéstia à parte, a revolução da qual Kate fez parte é muito mais profunda do que muitos conseguem se dar conta.

Ao divulgar pela Europa informações tão positivas sobre nosso estado e país, ela foi mais uma a ajudar a mudar a imagem que o Brasil tinha no exterior.

Se hoje ela é considerada uma das pessoas mais influentes para o kitesurf internacional foi porque conseguiu transmitir, como ela mesma fala, a atmosfera envolvente que esse pequeno pedaço do Éden emana para todos os seus visitantes.

Experiência

"Percorri muitos países antes de decidir morar aqui. Em alguns deles, eu até achei que poderia ser um bom lugar para morar. E talvez alguns deles fossem. Mas, quando cheguei à Taíba não restou mais dúvidas. Eu senti que era aqui que eu queria viver", conta Kate, com o olhar perdido no horizonte de quem recorda uma história feliz.

Paraíso do kitesurf, a Praia da Taíba tem atraído a cada ano uma grande quantidade de atletas estrangeiros, que procuram o local para treinos e lazer

Hoje, Kate não tem mais a pousada com a qual acolheu, durante cinco anos, seus milhares de amigos e clientes que vieram em busca do "El Dorado" dos amantes dos ventos. Segundo ela, a separação do companheiro a obrigou a desfazer-se do projeto que deu início ao seu grande sonho.

Contudo, ela continua a convidar e atrair viajantes que vêm para o Ceará em busca de uma tal "vidinha mais ou menos" que tanto encanta e seduz.

O novo projeto dela, que vem tomando corpo nos últimos meses, é o de organizar um "KiteCamp", onde ela poderá dar todo o suporte necessário para quem deseja ter uma experiência esportiva, gastronômica, espiritual e existencial na praia que, segundo a britânica, é a melhor do mundo.

Com uma história de vida dessa alguém duvida que seu novo projeto será um sucesso?
Kite está para o Ceará assim como o surf para o Havaí

"Viver no Ceará e não praticar kitesurf é como morar no Havaí e não surfar". Já faz algum tempo que essa frase me persegue. Mas, até hoje, ninguém havia conseguido me transmitir essa relação de maneira tão intensa quanto a jovem estudante de jornalismo, Gisele Nuaz.

Para a estudante Gisele Nuaz, velejar no litoral do Ceará é um privilégio favorecido pelos bons ventos

"Você precisa velejar, sentir o vento no rosto e o deslizar da prancha em seus pés sobre a água. É uma sensação incrível. Não prive seu espírito desse sentimento, afinal de contas, você mora no Ceará e não tem o direito de desperdiçar esse presente divino que lhe é oferecido diariamente por essa natureza linda e privilegiada de nosso estado", aconselha Gisele.

Para ela, que é amiga e fã da inglesa Kate, o Ceará e os cearenses precisam enxergar e reconhecer urgentemente a importância do kitesurf para o nosso Estado. Segundo ela, a grande sacada de Kate foi mostrar para a comunidade que a acolheu com tanto carinho - e que, até bem pouco tempo, tinha na pesca artesanal a base de sua economia -, o valor desse esporte e as possibilidades econômicas atreladas a ele e aos serviços e demandas criadas a partir da condição de destino internacional que a Taíba assumiu nos últimos anos.

Dentro desse contexto, Gisele explica que o maior mérito de Kate é mostrar que podemos vender um sonho de forma saudável, natural e sustentável.

Fonte: diariodonordeste.com

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