A qualidade da água distribuída aos piauienses está sendo alvo de uma
investigação solicitada pelo Ministério Público Federal no Piauí
(MPF-PI), por meio do procurador regional dos direitos do cidadão
Kelston Pinheiro Lages, à Polícia Federal. Foi pedida a abertura de dois
inquéritos para apurar a existência de crimes ambientais envolvendo a
qualidade da água distribuída à população piauiense e a degradação dos
rios Poti e Parnaíba, sendo citada a desenfreada proliferação de aguapés
nos rios.
Nos dois inquéritos, o procurador requer a identificação dos
responsáveis pelos delitos criminais. O procurador requereu como
diligência inicial do inquérito policial a oitiva do então presidente da
Agespisa, Raimundo Neto Nogueira. Em relação à qualidade da água,
Kelston Lages requereu como diligência inicial a realização de perícia
na água distribuída à população piauiense para atestar a sua
potabilidade e atendimento aos parâmetros estabelecidos.
No ofício encaminhado ao superintendente da Polícia Federal no
Piauí, Nivaldo Farias, o procurador narra que tramita na Procuradoria da
República no Piauí inquérito civil público para apurar o estado de
degradação ambiental dos rios Poti e Parnaíba e que nele constam dois
relatórios, um da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF e outro do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), revelando sérias agressões aos dois rios.
De acordo com estudo realizado por alunos do curso de
Pós-Graduação em Química da Universidade Federal no Piauí (UFPI), cerca
de 70% das amostras de água dos municípios piauienses estariam fora dos
padrões de potabilidade exigidos na legislação vigente. Em algumas
amostras, foram constatados a existência de contaminação por coliformes
fecais e pela bactéria Escherichia Coli, concentração de NO3 e de metais
fora dos padrões aceitos e parâmetros de alcalinidade e turbidez e pH
em valores abaixo dos estabelecidos.
Fonte: meionorte.com
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